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Desvendando os mistérios de James Bond: 10 curiosidades intrigantes

Os James Bond da franquia de ação "007". Foto: Jornal Soreang.

James Bond foi criado pelo autor Ian Fleming, que utilizou suas próprias experiências, embora nunca tenha sido um espião de campo. Durante a Segunda Guerra Mundial, Fleming trabalhou na Divisão de Inteligência Naval em Londres, adquirindo conhecimento sobre operações secretas e espionagem. Posteriormente, começou a escrever “o romance de espionagem para superar todos os romances de espionagem”, criando Bond como um “instrumento contundente” do governo, porém, imbuído de muitas das características pessoais de Fleming. Em 1952, Fleming escreveu “Casino Royale”, o primeiro romance de Bond, lançado em meio a desafios financeiros pessoais.

O sucesso literário de Bond levou a uma franquia de filmes de sucesso, transformando “007” em um fenômeno cultural.

Desvende 10 curiosidades cativantes sobre James Bond e mergulhe em uma jornada intrigante pelo universo do agente 007!

1. A Ameaça de saltar pela janela: O desespero de Mie Hama e a luta pela permanência em ‘Com 007 Só Se Vive Duas Vezes’

Sean Connery e Mie Hama em "Com 007 Só Se Vive Duas Vezes". Foto: IMDb.
Sean Connery e Mie Hama em “Com 007 Só Se Vive Duas Vezes”. Foto: IMDb.

Mie Hama foi selecionada para interpretar Kissy Suzuki em “Com 007 Só Se Vive Duas Vezes“. Seu talento e aparência única a tornaram uma escolha intrigante para o papel, mas sua habilidade com o inglês deixou os produtores preocupados. Durante uma estadia no Dorchester Hotel em Londres, eles expressaram suas preocupações a ela e começaram a considerar demiti-la.

O desespero com a possibilidade de perder um papel que significava tanto para ela deixou Mie Hama devastada. A pressão e o medo a levaram a uma situação crítica, onde ela ameaçou pular da janela do hotel. 

Os produtores, receosos de que o incidente pudesse repercutir negativamente na imagem da produção, decidiram permitir que ela continuasse no papel.

2. Daniel Craig e a eterna ligação com a Aston Martin

Daniel Craig e um carro Aston Martin DB10 em "007: Contra Spectre" (2015). Foto: Reprodução/Columbia Pictures.
Daniel Craig e um carro Aston Martin DB10 em “007: Contra Spectre” (2015).
Foto: Reprodução/Columbia Pictures.

Daniel Craig, que interpretou o famoso agente secreto, certamente abraçou esses privilégios. Uma das mais notáveis vantagens que ele obteve de seu papel como James Bond é a permissão para pegar qualquer modelo de Aston Martin da fábrica e conduzi-lo pelo resto de sua vida!

A Aston Martin é uma marca que se tornou sinônimo de Bond, uma ligação inegável entre a sofisticação e a excelência automotiva que a marca representa, e a elegância e destreza do próprio Bond. Durante décadas, esses carros marcaram presença nos filmes da franquia, cada modelo sendo uma peça de arte meticulosamente projetada.

3. Um laço inesperado: ‘007 – Somente Para Seus Olhos’ (1981) e a conexão de Pierce Brosnan com a Bond Girl

Pierce Brosnan e Cassandra Harris em "007 - Somente Para Seus Olhos". Foto: IMDb.
Roger Moore e Cassandra Harris em “007 – Somente Para Seus Olhos”. Foto: IMDb.

Pierce Brosnan, conhecido por muitos como o carismático James Bond da era dos anos 90, tem uma conexão com a franquia 007 que vai além de sua atuação icônica. 

Sua ligação com o mundo de Bond tem uma profundidade emocional, visto que ele foi casado com Cassandra Harris, a Bond Girl do filme “007 – Somente Para Seus Olhos (1981). Esta coincidência notável adiciona uma camada de complexidade à relação de Brosnan com o papel. Cassandra Harris, uma atriz talentosa e carismática, interpretou a personagem Lisl von Schlaf no filme. 

Infelizmente, ela faleceu de câncer em 1991, quatro anos antes de Brosnan ser escolhido para interpretar o agente secreto em “007 Contra GoldenEye”(1995).

4. A Influência de Kennedy: Como o presidente dos EUA impulsionou o legado de James Bond

John F. Kennedy, 35º Presidente dos Estados Unidos. Foto: Reprodução/Internet.
John F. Kennedy, 35º Presidente dos Estados Unidos. Foto: Reprodução/Internet.

O legado dos filmes de James Bond e sua marca indelével na cultura popular podem ser rastreados até fontes bastante inesperadas. Uma dessas fontes, surpreendentemente, é o Presidente John F. Kennedy

Antes dos filmes de Bond ganharem notoriedade, os livros escritos por Ian Fleming tinham uma base de fãs, mas o apoio de uma figura tão proeminente quanto o Presidente dos Estados Unidos teve um efeito profundo no sucesso subsequente da franquia. Em 1961, em um artigo da revista Life, Kennedy nomeou “Moscou Contra 007” como um de seus livros favoritos. 

Sean Connery como James Bond em "Moscou contra 007". Foto: Reprodução/Internet.
Sean Connery como James Bond em “Moscou contra 007”. Foto: Reprodução/Internet.

A menção não foi apenas uma nota de rodapé curiosa na história dos livros; ela disparou as vendas dos romances de Fleming e criou um interesse renovado na obra. 

Esse endosso não poderia ter vindo em um momento mais oportuno. Os produtores Albert R. “Cubby” Broccoli e Harry Saltzman estavam justamente no processo de fazer acordos para financiar o primeiro filme de Bond. 

O aumento do interesse no personagem e na trama certamente facilitou suas negociações, gerando mais confiança e interesse por parte dos financiadores. A aprovação presidencial, por assim dizer, criou uma onda de efeitos que levou a uma das franquias de filmes mais bem-sucedidas da história. 

A associação com um líder político conhecido por seu carisma e perspicácia global ecoou o próprio espírito de Bond, fazendo com que a recomendação de Kennedy fosse especialmente impactante.

5. O sucesso impressionante de ‘007 Contra a Chantagem Atômica’

Cena de "007 Contra a Chantagem Atômica" (1965). Foto: Reprodução/MGM.
Cena de “007 Contra a Chantagem Atômica” (1965). Foto: Reprodução/MGM.

007 Contra a Chantagem Atômica“, lançado no Brasil em 1965, detém o título de filme mais bem-sucedido da franquia James Bond em termos de receita doméstica ajustada pela inflação. De acordo com a Forbes, até 2020, arrecadou uma impressionante quantia de $590 milhões, superando outros títulos icônicos como “007 Contra Goldfinger“, que obteve $514.7 milhões, e “007 – Operação Skyfall” com $358.3 milhões. Este sucesso financeiro ilustra a popularidade duradoura do agente secreto 007 e destaca “007 Contra a Chantagem Atômica” como um marco notável na longa e estimada série de filmes.

6. Sean Connery e 007: A controversa escolha do primeiro James Bond

Sean Connery em "007: Contra o Satânico Dr. No" (1962). Foto: MGM.
Sean Connery em “007: Contra o Satânico Dr. No” (1962). Foto: MGM

A história da escolha de Sean Connery como o primeiro James Bond é uma narrativa complexa e interessante, marcada por divergências iniciais e uma eventual aceitação. Connery, um ator escocês relativamente desconhecido na época, não foi a escolha óbvia para muitos envolvidos na produção de “007 Contra o Satânico Dr. No” (1962), especialmente para o criador de Bond, Ian Fleming. 

Fleming tinha uma visão muito clara de como seu famoso agente secreto deveria ser retratado na tela. Essa visão não incluía inicialmente Sean Connery, a quem Fleming via como muito áspero e mais adequado como dublê do que o espião carismático e cavalheiro que ele havia imaginado. 

A seleção de Connery foi um processo árduo. Os produtores Albert R. “Cubby” Broccoli e Harry Saltzman passaram por centenas de atores na busca pelo Bond perfeito antes de se decidirem pelo escocês. 

Apesar das preocupações de Fleming, eles viram algo em Connery que sentiram que capturava a essência do personagem. A resistência inicial de Fleming a Connery é compreensível quando se considera o quão profundamente o autor estava envolvido em sua criação. Ele tinha uma imagem específica em mente, e a escolha de um ator para trazer Bond à vida era uma decisão monumental. 

Mas, com o tempo, a opinião de Fleming sobre Connery mudou. Uma influência decisiva nessa mudança foi o feedback de amigos próximos, particularmente mulheres, que ficaram mais do que felizes em expressar o quão atraente achavam o novo astro. 

O carisma natural de Connery e sua habilidade em interpretar o papel com uma mistura de dureza e elegância finalmente conquistaram Fleming.

7. O Enigma de 0031/2: O mistério não resolvido de James Bond Junior e o anonimato que perdura na literatura de espionagem

0031/2: The Adventures of James Bond Junior. Foto: Reprodução/Internet.
0031/2: The Adventures of James Bond Junior. Foto: Reprodução/Internet.

A franquia James Bond tem sido uma força duradoura na literatura e no cinema, mas um capítulo particularmente intrigante dessa saga é o mistério em torno de “0031/2: The Adventures of James Bond Junior“, um livro lançado anonimamente em 1967. Depois da morte de Ian Fleming em 1964, o apetite por novas aventuras de Bond permaneceu insaciável. Escritores famosos como Kingsley Amis, Jeffrey Deaver e Anthony Horowitz continuaram o legado literário de Bond, mas no final dos anos 1960, um novo livro de Bond surgiu, envolto em enigma e mistério.

“0031/2: The Adventures of James Bond Junior” destaca-se no cânone de Bond, não apenas por sua história centrada no sobrinho de 007 investigando um golpe de ouro, mas também pela completa incerteza em relação ao autor real do livro.

Publicado pela empresa literária de Fleming, Glidrose, e pelo editor de Bond, Jonathan Cape, o livro foi lançado com o pseudônimo “R. D. Mascott.” 

Apesar de ser comercializado como uma parte oficial do cânone de Bond e receber críticas favoráveis, o verdadeiro autor nunca foi revelado. A identidade de “R. D. Mascott” tornou-se um dos maiores mistérios na literatura de Bond, uma curiosidade que perdura até hoje. 

Esse anonimato foi aparentemente uma decisão consciente, com todos na editora comprometidos a manter o segredo. Essa escolha pode ter sido feita por razões de marketing, para criar um buzz em torno do livro, ou pode haver outras razões menos óbvias para a decisão.

8. A audaciosa jornada de George Lazenby para se tornar James Bond

George Lazenby para "007 - A Serviço de sua majestade" (1969). Foto: MGM.
George Lazenby para “007 – A Serviço de sua majestade” (1969). Foto: MGM.

A história de como George Lazenby conseguiu o cobiçado papel de James Bond é tão cinematográfica quanto qualquer enredo de um filme de Bond. Com Sean Connery se afastando do papel após “Com 007 Só Se Vive Duas Vezes“, os produtores estavam em busca de um novo ator para assumir o manto do famoso espião. Entre os candidatos estava um pouco conhecido modelo australiano, George Lazenby, cuja abordagem audaciosa e astúcia o levaram ao papel.

Lazenby não era apenas um candidato improvável; ele também era praticamente desconhecido no mundo do cinema. No entanto, ele tinha uma determinação e audácia que estavam de acordo com o próprio personagem de Bond. Segundo o próprio Lazenby, ele conseguiu um terno cortado para Connery, um relógio combinando com o de Bond, e outros acessórios. Em seguida, ele invadiu os escritórios de Saltzman e Broccoli em Londres.

Com uma entrada arrojada, Lazenby entrou na sala de Saltzman e declarou: “Ouvi dizer que você está procurando por James Bond.” Esse ato ousado, acompanhado de sua aparência e charme, deixou uma impressão duradoura. Saltzman ficou impressionado o suficiente para colocar Lazenby em testes de tela, e ele finalmente ganhou o papel.

A performance de Lazenby em “A Serviço Secreto de Sua Majestade” (1969) foi única, pois ele se afastou do papel de Bond depois de apenas um filme. Sua decisão de deixar a franquia continua sendo um tópico de discussão e especulação.

A forma como Lazenby conquistou o papel se tornou uma história emblemática dentro da rica tapeçaria do legado de Bond, mostrando que, às vezes, a realidade pode ser tão emocionante e intrigante quanto a ficção.

Mistério e maldição: A jornada tumultuada de ‘Com 007 Viva e Deixe Morrer’

Roger Moore em "007 - Viva e Deixe Morrer" (1973). Foto: IMDb.
Roger Moore em “007 – Viva e Deixe Morrer” (1973). Foto: IMDb.

Com 007 Viva e Deixe Morrer” (1973), o primeiro filme de James Bond com Roger Moore no papel principal e o primeiro após a saída definitiva de Sean Connery, é lembrado não apenas por sua abordagem única e trama envolvente, mas também por uma série de contratempos durante a produção que levou muitos a acreditar que o filme estava amaldiçoado. 

A pressão já estava alta com a mudança de protagonista, e o novo tom do filme, influenciado pelo vodu, só aumentou a tensão. A produção foi atingida por uma série de reveses, cada um mais misterioso e desconcertante que o último. 

Os dublês continuaram a bater os barcos usados nas cenas de perseguição, algo incomum mesmo para uma produção de alto risco como um filme de Bond. Uma inundação inesperada atingiu uma baía da Louisiana em um momento crucial da produção, atrasando as filmagens e aumentando os custos. 

Mais alarmante ainda foi quando Moore, o novo rosto de Bond, acabou no hospital com pedras nos rins. Esses contratempos continuaram a se acumular até que alguns membros da equipe começaram a tirar suas próprias conclusões sinistras: o filme estava amaldiçoado. 

Roger Moore e Jane Seymour em "007 - Viva e Deixe Morrer" (1973). Foto: MGM.
Roger Moore e Jane Seymour em “007 – Viva e Deixe Morrer” (1973). Foto: MGM.

O tema do vodu no enredo do filme só alimentou essas suspeitas, criando uma atmosfera de inquietação em torno da produção. Felizmente, a “maldição” não impediu o sucesso do filme. “Com 007 Viva e Deixe Morrer” foi lançado para críticas positivas e sucesso comercial, estabelecendo Roger Moore como um sucessor digno de Connery.

10 . Filmagem Sem Roteiro: ‘007 – Quantum of Solace’ Enfrenta Desafio Único

Cena de "007 - Quantum of Solace" (2006). Foto: Divulgação.
Cena de “007 – Quantum of Solace” (2006). Foto: Divulgação.

007 – Quantum of Solace” (2008), a sequência direta de “007 – Cassino Royale” (2006), enfrentou um desafio extraordinário durante sua produção: iniciar as filmagens sem um roteiro finalizado. Em um universo cinematográfico onde cada detalhe, cada linha e cada cena é meticulosamente planejada, essa situação representou um risco enorme e uma partida radical da norma. 

A produção de “007 – Quantum of Solace” estava sob a pressão do relógio, com uma data de lançamento firme já marcada no calendário. A situação foi agravada por uma greve importante dos roteiristas na época, o que significava que o roteiro existente – que necessitava de refinamento – não poderia ser polido por outros escritores. 

O diretor Marc Forster e o próprio Daniel Craig foram deixados com a tarefa assustadora de criar uma história praticamente na hora, enquanto navegavam pelas complexas cenas de ação e logística da produção de um filme de Bond. Forster mais tarde relembrou a situação, aludindo ao plano de transformar o filme em algo semelhante a um filme de vingança dos anos 70, orientado pela ação. 

Embora o filme tenha sido finalizado e lançado dentro do prazo, a falta de um roteiro sólido e completo foi sentida tanto pelos críticos quanto pelo público. “007 – Quantum of Solace” é muitas vezes considerado um ponto baixo na era Craig, com muitos apontando para a trama menos coesa e o foco maior na ação como fatores contribuintes.

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Wilson Almeida

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