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Margot Robbie e a metamorfose em Harley Quinn: Uma viagem de dedicação e descoberta

Margot Robbie como Harley Quinn em "Esquadrão Suicida" (2016). Foto: Warner Bros.

A jornada de Margot Robbie para dar vida à icônica Harley Quinn em “Esquadrão Suicida” (2016) é uma narrativa de dedicação, transformação e entrega artística. Mergulhando profundamente em seu papel, Robbie enfrentou um processo de preparação física e emocional que desafiou os limites do que é esperado de uma atriz em Hollywood, provando ser uma verdadeira força criativa no processo.

A alquimia diária: Da maquiagem à mente de Harley Quinn

Margot Robbie como Harley Quinn em "Esquadrão Suicida" (2016). Foto: Warner Bros.
Foto: Warner Bros.

Cada dia de filmagem começava com uma transformação de mais de três horas na cadeira de maquiagem, onde Robbie era meticulosamente transformada na colorida e caótica Harley Quinn. A aplicação de 20 tatuagens temporárias, a pintura de sua pele em um branco pálido, o meticuloso encaixe da peruca de Harley e o cuidadoso vestir de sua fantasia icônica eram apenas o começo de seu dia.

Este ritual diário não apenas a ajudava a entrar fisicamente no personagem, mas também a mergulhar mentalmente no mundo de Quinn.

Preparação corporal intensa: Moldando o personagem através da ação

Robbie não se limitou a transformações superficiais; ela se comprometeu a realizar a maioria das cenas de ação do filme, uma decisão que a levou a passar menos tempo em trailers e mais em treinamento intenso. Seu preparo começou seis meses antes das filmagens, incluindo ginástica, boxe, treinamento com armas, acrobacias aéreas e até aprender a prender a respiração sob a água por impressionantes cinco minutos. Esse compromisso com o realismo e a autenticidade nas cenas de ação adicionou uma camada de credibilidade ao seu desempenho, admirado tanto pelos fãs quanto pela equipe de produção.

Explorando a mente de Harley Quinn: Um estudo psicológico profundo para a construção do personagem

Além das exigências físicas, Robbie mergulhou no complexo psicológico de sua personagem. Ela estudou o Inventário Multifásico de Personalidade de Minnesota (MMPI) para compreender as nuances das doenças mentais, uma pesquisa que informou profundamente sua interpretação de Harley Quinn, especialmente em sua relação volátil com o Coringa. Esta abordagem metódica para entender a psique de sua personagem acrescentou uma profundidade rara e uma nuance emocional ao seu desempenho.

Desvendando o enigma da devoção: A busca de Robbie pela compreensão do coração de Harley Quinn

Margot Robbie como Harley Quinn em "Esquadrão Suicida" (2016). Foto: Warner Bros.
Margot Robbie como Harley Quinn em “Esquadrão Suicida” (2016). Foto: Warner Bros.

Contudo, havia um aspecto de Harley Quinn que Robbie inicialmente não conseguia compreender: a obsessão da personagem pelo Coringa. “Eu simplesmente não entendia como ela podia ser tão durona e depois cair em pedaços por causa de um cara. Achei isso muito frustrante”, admitiu Robbie. Os fãs, no entanto, parecem realmente amar essa devoção completa de Harley por um homem que a trata de forma tão ruim.

Foi a recomendação de seu treinador de atuação para ler a peça “Fool for Love”, sobre um casal em um relacionamento extremamente disfuncional, que iniciou uma mudança em sua percepção. “Uma vez que pude ver isso nesses termos, de repente fez sentido, e de repente tive muita empatia pela Harley e depois disso tudo ficou muito simples”, Robbie refletiu sobre sua jornada para compreender a complexidade emocional de Harley Quinn.

Robbie também se dedicou a uma investigação sobre doenças mentais e co-dependência para aprofundar sua compreensão da dinâmica entre Harley e o Coringa. “Fiz muitas pesquisas sobre doenças mentais e co-dependência. Eu estava tentando encontrar uma maneira de entender por que ela está tão apaixonada pelo Coringa. Eu meio que decidi que ela é co-dependente dele”, explicou. Essa pesquisa permitiu que Robbie visse a relação de Harley com o Coringa sob uma luz diferente, percebendo-a mais como um vício do que como uma simples escolha afetiva.

Afinando a voz de Harley: O desafio vocal de Robbie entre quadrinhos e cinema

A preparação meticulosa de Robbie não se limitou ao estudo acadêmico; ela também teve que aperfeiçoar a voz de Harley Quinn, equilibrando o tom agudo e caricato da personagem dos quadrinhos com o tom mais sombrio do filme de David Ayer. “A voz demorou um pouco porque eu sabia que era algo com que teríamos que nos comprometer”, Robbie compartilhou sobre o processo de encontrar o equilíbrio certo para sua performance vocal, refletindo as muitas facetas de Harley Quinn: às vezes engraçada, às vezes terrivelmente má, mas sempre apaixonadamente envolvida em tudo o que faz.

A decisão de Robbie e Leto de evitar ensaios convencionais

Margot Robbie e Jared Leto em "Esquadrão Suicida" (2016. Foto: Warner Bros.
Margot Robbie e Jared Leto em “Esquadrão Suicida” (2016) Foto: Warner Bros.

Curiosamente, Robbie e Jared Leto, que interpretou o Coringa, não passaram por um processo tradicional de ensaio juntos. Esta escolha, endossada por Robbie e pelo diretor David Ayer, visava preservar a imprevisibilidade e a espontaneidade da relação entre Harley Quinn e o Coringa, um aspecto que se tornou central para a dinâmica dos personagens no filme.

Do trapézio ao palco: Como a infância circense de Robbie enriqueceu Harley Quinn

A preparação de Robbie para “Esquadrão Suicida” também revisitou um capítulo de sua infância; suas aulas de circo e a habilidade de trapézio adquirida aos oito anos de idade na Austrália. Essa experiência precoce foi canalizada em sua performance, trazendo uma agilidade e uma presença física que apenas intensificaram sua representação de Harley Quinn.

A dedicação de Robbie celebrada por David Ayer na Comic-Con

A perseverança e o comprometimento de Robbie não passaram despercebidos. Durante a San Diego Comic-Con International em 2016, David Ayer elogiou sua dedicação, reconhecendo-a como uma bênção para o projeto. Poucas atrizes teriam suportado o rigor e as exigências do papel com tanto entusiasmo e profissionalismo.

Margot Robbie, com seu quartzo da sorte dado pela mãe sempre por perto, não apenas enfrentou os desafios de seu papel em “Esquadrão Suicida”, mas também definiu um novo padrão para a representação de personagens femininas complexas e multifacetadas no cinema. Seu desempenho como Harley Quinn permanece um testamento à sua habilidade de transformar desafios extraordinários em oportunidades para inovação e expressão artística.

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Wilson Almeida

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