Gosta de filmes de ficção científica? Essa matéria é para você!
Desde os primórdios do cinema, os roteiristas de Hollywood sempre tiveram uma visão sombria do futuro da raça humana. É raríssimo imaginar uma sociedade idealizada, onde o ser humano evoluiu e se tornou uma espécie mais pacífica e harmônica. A grande maioria das produções cinematográficas se concentram em mostrar uma realidade distópica, cheia de desigualdades e conflitos.
Esses filmes de ficção científica apresentam diversos cenários de futuro, trazendo previsões e possibilidades. Desde a criação dos andróides replicantes para trabalhar em colônias espaciais até a transformação de humanos em ciborgues para combater o crime, passando pela exploração de outros planetas e a criação de clones para substituir partes do corpo de pessoas doentes, essas histórias oferecem uma visão sombria e pessimista do que poderia ser o futuro da humanidade.
A inteligência artificial é frequentemente vista como uma ameaça, capaz de dominar o planeta e subjulgar a humanidade. Além disso, outros problemas como pandemias globais, guerras nucleares e mudanças climáticas são frequentemente abordados.
Embora esses filmes possam nos fazer pensar sobre o que podemos fazer para construir um futuro melhor, muitas vezes os roteiristas pesam a mão e acabam pintando um cenário exagerado e irreal.
No entanto, quando revisitamos esses filmes no “futuro”, achamos graça de quão distantes eles estão da realidade atual. Os filmes de ficção científica muitas vezes extrapolam as possibilidades da tecnologia e do processo humano, criando universos imaginários e emocionantes. Mesmo quando esses filmes erram na previsão do futuro, eles continuam a fascinar e inspirar o público com sua única visão do mundo. Isso prova que a criatividade é o que mais importa na sétima arte, e que os bons filmes não precisam necessariamente retratar a realidade de forma precisa.
Conheça 5 filmes de ficção científica que erraram feio ao prever o futuro:
2012 (2009)
O ano de 2012 causou grande preocupação em muitas pessoas, devido à crença popular de que o fim do mundo aconteceria junto com o término do calendário maia em 21 de dezembro de 2012. Então, o filme “2012“, lançado em 2009, aproveitou essa crença popular para imaginar um cenário apocalíptico em uma superprodução.
Embora tenha sido assustador assistir ao filme, o ano de 2012 chegou e passou sem que nada catastrófico acontecesse.
Felizmente, a suposta explosão solar que aqueceria o núcleo da Terra, causando uma série de desastres, não se concretizou, e a humanidade permaneceu a salvo. Mesmo assim, o filme “2012” é uma prova da nossa fascinação com o fim do mundo e da nossa imaginação fértil quando se trata de desastres naturais.
Fuga de Nova Iorque (1981)
O clássico cult de John Carpenter de 1981, “Fuga de Nova Iorque” previu que até o ano de 1997, a América estaria em apuros.
No filme, um aumento generalizado do crime obriga o governo federal a transformar a Ilha de Manhattan em uma prisão de segurança máxima. Quando o avião do presidente dos Estados Unidos cai na ilha, Snake Plissken, um condenado e ex-soldado das Forças Especiais interpretado por Kurt Russell, é enviado para resgatar o POTUS (Presidente dos Estados Unidos) preso.
Essa visão pessimista da cidade favorita da América provavelmente fazia muito mais sentido quando o filme foi feito. A década de 1970 foi difícil, especialmente para Nova Iorque. Foi uma época em que assaltos e assassinatos eram comuns, quando a ruína financeira havia tirado muito do brilho das décadas anteriores, e quando a Times Square era um lugar onde se ia assistir a filmes pornôs, não tirar fotos com personagens da Disney.
Felizmente, as coisas melhoraram. Embora o crime tenha continuado a ser um problema durante o início dos anos 90, em 1997 Nova Iorque estava definitivamente em melhor forma do que nas décadas anteriores.
Blade Runner, O Caçador de Andróides (1982)
“Blade Runner“, de Ridley Scott, é uma mistura impressionante de noir e distopia e é amplamente considerado um dos melhores filmes de ficção científica já feitos.
Harrison Ford interpreta Rick Deckard, um ex-policial e “blade runner”, que caça “replicantes” humanóides bioengenheirados que estão do lado errado da lei. O olhar de Scott para os detalhes cria um mundo totalmente realizado, repleto de carros voadores e paisagens urbanas atmosféricas. Mas há um problema: é ambientado em 2019.
A coisa mais próxima dos replicantes que tínhamos naquele momento era provavelmente a Alexa da Amazon. Por mais que útil que seja, Alexa não tem o talento verbal para realizar o monólogo de Roy Batty “Lágrimas na chuva”, nem as pernas de Joanna Cassidy, que interpreta Zhora, a stripper replicante. E, apesar dos melhores esforços da Uber, não tínhamos (e ainda não temos) carros voadores.
O Vingador do Futuro (1990)
O filme “O Vingador do Futuro” (Total Recall), de 1990, estrelado por Arnold Schwarzenegger e dirigido por Paul Verhoeven, apresentou o robô taxista Johnny Cab, que acabou roubando a cena. Em 2017, embora ainda não tenhamos colonizado Marte, nem descoberto uma maneira de implantar memórias falsas complexas no cérebro das pessoas (embora as pessoas estejam trabalhando em ambos os problemas), os carros autônomos já são uma realidade.
A Uber é a empresa mais notável, que vem testando sua frota de robôs em táxis autonômos desde o ano passado. Entretanto, eles ainda não têm a personalidade de Johnny Cab ou suas habilidades de condução, aparentemente.
Rollerball – Os Gladiadores do Futuro (1975)
O filme “Rollerball“, lançado em 1975, mostra uma realidade alternativa para o ano de 2018. Nessa nova versão do mundo, não há mais guerras nem crimes. Em vez disso, as nações foram substituídas por grandes corporações que controlam a população. O jogo violento Rollerball se tornou o esporte mais popular do planeta, com equipes representando várias regiões.
Apesar de ser uma visão distópica, a ideia de corporações controlando o mundo e de esportes violentos ganhando grande popularidade é uma preocupação que ainda é relevante atualmente. A crescente influência das grandes empresas e a violência no mundo dos esportes são temas que frequentemente aparecem nas notícias e nas discussões sobre o futuro da sociedade.
Por fim, o filme serve como um lembrete para os perigos de colocar o poder nas mãos de poucos e da importância de garantir a liberdade individual e a justiça social.
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