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Till | Danielle Deadwyler comenta sobre racismo e misoginia no Oscar

Danielle Deadwyler é Mamie Till no filme "Till". Atriz pode concorrer no Oscar deste ano.

A atriz norte-americana Danielle Deadwyler está nos cinemas brasileiros com o filme “Till“. Lançado em 2022 nos Estados Unidos, o longa foi um dos mais aclamados do ano, contando com 98% de aprovação no Rotten Tomatoes. Além disso, rendeu a Danielle indicações nos prêmios Critics Choice, BAFTA, SAG e outros.

No entanto, a atriz não foi indicada ao Oscar e isso surpreendeu muita gente. Acontece que tanto Deadwyler quanto Viola Davis, eram apostas para concorrer ao Oscar de Melhor Atriz este ano. Porém, ambas não foram indicadas. Inclusive muitos questionaram o porquê da Ana de Armas e Andrea Riseborough estarem concorrendo, enquanto Deadwyler e Davis não.

Outra coisa que revoltou a muitos foi o fato de que nenhuma atriz negra concorre na categoria principal do Oscar 2023. No dia seguinte às indicações do Oscar, a diretora de “Till”, Chinonye Chukwu, postou em seu Instagram: “Vivemos em um mundo e trabalhamos em uma indústria que são tão agressivamente comprometidas em defender a brancura e perpetuar uma ‘misoginoir’ descarada em relação às mulheres negras“.

‘Misoginoir’ é um termo cunhado pela autora e ativista negra Moya Bailey, que refere-se à misoginia e ao preconceito às mulheres negras.

Em entrevista ao podcast Kermode & Mayo’s Take (via EW), Deadwyler comentou sobre o assunto: “Estamos falando sobre pessoas que talvez tenham preferido não ver o filme. Estamos falando de misoginoir, que acontece de todas as formas, diretas e indiretas. Isso impacta quem somos. A questão é sobre as pessoas que vivem na branquitude, e a avaliação que essas pessoas têm dos espaços nos quais são privilegiadas”, disse ela.

“Nós sabemos que esse preconceito existe em nível governamental, mas também pode existir em nível social, seja globalmente ou nacionalmente, e tem efeitos residuais na nossa vida cotidiana, nos nossos trabalhos. Todo mundo precisa avaliar o seu papel nisso, se esforçar para criar um ambiente mais igualitário. Ninguém está absorvido de participar nos processos racistas”, completou.

Sobre “Till”

“Till – A Busca por Justiça”, intitulado no Brasil, é um filme baseado em uma história real. Ele conta a história de Emmett Louis Till, um garoto negro que foi brutalmente assassinado após ser acusado de assediar uma mulher branca, no estado de Mississippi, território estadunidense.

No longa, Danielle Deadwyler vive a mãe do garoto, a Mamie Till Bradley. Ela lutou por justiça pela morte de seu filho e se tornou uma ativista da causa racial. Além disso, ela criou o “The Emmett Till Players”, um grupo de teatro que trabalhava com crianças em idade escolar fora da sala de aula, aprendendo e realizando discurso de famosos líderes dos direitos civis, como Martin Luther King Jr. para inspirar seu público.

O filme encontra-se em exibição nos cinemas brasileiros.

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Rafael Cruz

Jornalista e apaixonado por cinema, música e séries. Bora assistir um belo drama ou um terror?

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